Acredito que todo mundo conheça a história da Torre de Babel, pois é, o Campus da UCSD me faz lembrar dessa história, mas no sentido oposto, a Torre de Babel fez com que todos começassem a falar línguas diferentes, certo? Já a UCSD faz o contrário, faz com que falantes de diversos idiomas comuniquem-se em apenas uma língua: Inglês.
Circulando pelo campus e mesmo nas observações de aulas que tenho que fazer no meu curso, fico maravilhada com a diversidade existente aqui: Coreanos, Chineses, Japoneses, Hindus, Arabes, Brasileiros compartilham a mesma sala de aula usando o inglês pra se comunicar. Fica impossível, desse modo, negar a necessidade de se aprender a falar Inglês, que sem dúvida alguma, estabeleceu-se como língua franca.
Sei que aqueles mais radicais em relação ao imperialismo Americano, devem discordar e achar que essa é mais uma forma de dominação e imposição cultural e, é lógico, que compartilho alguns aspectos dessa visão, mas não dá pra negar que aprender inglês é a melhor forma de se comunicar com o mundo, pois Chineses estão na UCSD para fazer isso, Arabes estão aqui também por essa razão, então por que seria diferente com nós Brasileiros? Falarmos a mesma língua nos deixa aptos a expor melhor os nossos pontos de vista, a negociar melhor os nossos sentidos e significados.
A UCSD parece tentar reconstruir essa torre, fazendo
todos se entenderem, se comunicarem e se sentirem iguais de certa forma. Muçulmanas com suas burcas, garotas asiáticos com seus estilos extravagantes, as americanas sem muito estilo e nós brasileiras, é claro, exibimos nossa cultura, nossas atitudes, mas somos todos aprendizes que, ao voltarmos pra casa, levaremos não só o conhecimento linguístico adquirido aqui, mas também o cultural.
Aprendemos a desconstruir estereótipos e a quebrar preconceitos sobre a cultura americana, além de também mostrar aos americanos um pouco da nossa cultura, para que o inverso também aconteça.